O Yahoo foi acusado de ajudar o governo chinês a identificar Shi Tao, jornalista condenado em abril a 10 anos de prisão por revelar segredos de Estado no exterior. No mês passado, o presidente do comitê de assuntos externos da Câmara dos Deputados informou que um executivo do Yahoo havia fornecido “informações falsas” em uma audiência em 2006 sobre o que a empresa sabia sobre a investigação de Shi pelo governo chinês.
Em fevereiro de 2006, Michael Callahan, diretor jurídico do Yahoo, depôs informando que o Yahoo China, então subsidiária do Yahoo, havia repassado informações sobre um de seus usuários às autoridades chinesas, em 2004, sem saber o motivo para que a China desejava os dados. Foi só em outubro de 2006 que Callahan compreendeu que a ordem do governo chinês mencionava uma investigação sobre segredos de Estado, de acordo com Tracy Schmaler, porta-voz do Yahoo.
O problema foi causado pela má tradução de uma ordem das autoridades chinesas recebida por um advogado da empresa na região em 2004. O advogado só obteve a tradução correta depois da audiência de 2006, segundo Schmaler.
“Meses depois do meu depoimento a dois subcomitês da Câmara sobre a abordagem do Yahoo quanto aos negócios na China, compreendi que o Yahoo tinha informação adicional sobre uma ordem promulgada em 2004 pelo governo chinês para solicitar informações sobre um usuário do Yahoo China”, afirmou Callahan em comunicado datado de 1 de novembro.
“Eu não alertei o comitê quanto a essa nova informação, e esse equívoco gerou um mal-entendido que lamento profundamente e pelo qual já pedi desculpas ao comitê”, afirmou Callahan.
Via: Info Online